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o S.Pedro já se acabou...



Pois é, já se acabaram as festas da Vila, mas ao contrário do costume, Taipas não vai adormecer à espera das férias de Agosto, que determinam a debandada de muitos para a praia e a chegada de outros para rever familiares. Vamos ter animação!
Pelo menos durante os sábados de Julho já estão garantidas actividades culturais. O cinema vai voltar às Taipas pela mão do Cineclube de Guimarães, o que demonstra que não estamos tão esquecidos quanto isso aos olhos da cidade.

Louvo a iniciativa e rogo para que haja continuidade, de maneira a que se consiga polarizar e descentralizar um pouco a actividade cultural assídua da sede do concelho para os centros populacionais periféricos. Para isso não é só preciso acontecer, é preciso movimentar, e Taipas se quer ter mais e melhores actividades tem que o mostrar, e aparecer, porque não é só dizer que não se faz nada, que é tudo na cidade, e depois quando se faz alguma coisa, continua-se em casa ou no café, a dizer que nunca acontece nada. Eu vejo esta iniciativa do Cineclube como uma boa oportunidade para mostrarmos que há massa humana suficiente para que volte a haver eventos do género, e que outras colectividades vejam nas Taipas potencial para apostar.

Em jeito de nota final, não queria deixar passar em branco dois acontecimentos inovadores que tiveram lugar durante o mês passado, a 1ª Taipas Lan Party, evento que auguro bastante sucesso nas próximas edições. E as marchas populares do Centro Social, que deixaram boquiabertos todos os que tiveram oportunidade de estar presentes, um trabalho minucioso desde o guarda-roupa à decoração dos carros, e que espero que tenha continuidade também.

Let's (Lan) Party!


Foram 40 horas de informação, diversão, competição, informação e mais informação, no meio podemos arranjar uns minutos para fechar os olhos, mas não muitos, porque o tempo esgota-se.
Durante o fim-de-semana de 16 a 18 de Junho, o Pavilhão da E.B. 2, 3 das Taipas recebeu cerca de 40 jogadores, munidos com as suas máquinas carregadas de informação, prontos a partilhar até ao último byte, na 1ª edição da “Taipas Lan Party”.
Começou com um atraso de 2 horas que, segundo alguns testemunhos, é normal neste tipo de eventos, “em algumas lan parties chegamos a esperar 5, 6 horas para que tudo funcione”.
Depois de instalados, começaram os preparativos para os torneios, enquanto isso já os computadores baixavam informação a mais de 100 MB por segundo, “saquei 7 GB sem 2 minutos”, disse um ao fundo. E foi assim neste ritmo alucinante que se processou todo o evento, houve gente que às 6:00h de domingo ainda não tinha descolado (não tinha dormido), embora nessa madrugada, os colchões que pouco foram utilizados na primeira noite estivessem praticamente lotados.
Em jeito de comentário final, Miguel Ferreira, o principal impulsionador do evento, apesar do cansaço mostrou-se bastante satisfeito, e garantiu a 2ª edição da Taipas Lan Party para o próximo ano.

Índios e cowboys


Nasci durante uma guerra que não me afectou directamente, mas afectou a minha maneira de pensar, durante muito tempo. Falo da Guerra Fria.


Desde que me lembro, sempre me fizeram crer que os americanos eram “bons” e os russos eram “maus”, desde os desenhos animados que via em criança, passando pelos filmes depois, que me mostravam heróis americanos e vilões russos, desportistas americanos (que ganhavam sempre!), contra desportistas russos sempre de aparência superior e insensível (que faziam batota, e mesmo assim perdiam), claro que para mim, e para toda a gente que absorveu essa “propaganda” os americanos eram os maiores, quem não queria ser um “Rambo”? Pois bem, à medida que crescemos, vamos fazendo uma melhor distinção entre informação e ficção, mas quando somos miúdos em frente ao televisor, identificámo-nos sempre com os heróis e queremos sempre ser como eles, e isso enraíza-se. Qual era o miúdo que a jogar aos índios e cowboys queria ser índio? Nenhum! Até mais tarde se aperceber que os índios só estavam a defender os seus territórios, mas aí já não tinha idade para brincar aos cowboys.


Deixo os “filmes” agora de lado para me dedicar ao assunto que me fez escrever sobre este tema, ouvimos o presidente Putin dizer que não vai deixar que os americanos instalem os interceptores nem os radares no Leste Europeu (Polónia e Rep. Checa), e todos ficamos apreensivos. Ouvimos também um representante do governo americano dizer que o escudo anti-míssil nada tem a ver com a Rússia, servirá de protecção à Europa de um potencial ataque proveniente do Irão, ora não é preciso ser barra em geografia para perceber que, Polónia e República Checa não são, de todo as melhores localizações para colocar um escudo de protecção de ataques vindos do Irão com intuito de atingir a Europa, agora, se forem provenientes da Rússia, sem dúvida alguma que são pontos estratégicos ideais.


Se um vizinho do lado erguesse um muro de três metros virado para mim e me dissesse que era para se proteger do vizinho da frente, eu também ficava desconfiado.

Expirar III - A minha banda


Eu toco aquilo que gosto, que quero, sinto-me bem quando toco aquilo que construí, a minha banda fala a mesma linguagem, todos contribuem. Não quero ser Mantra porque já temos os Mantra, não quero ser Smartini porque para isso já temos os Smartini, nem quero ser outra banda, quero ser Delta Works. É mau? É bom? É assim assim? Não me interessa, eu gosto daquilo que faço. Há quem goste, há quem não consiga ouvir, se calhar a musica que faço não é para vocês. Não me interessa simplesmente. Não tenho uma banda para poder tocar no 101, ou no Rock in Taipas, ou no Barco Rock Fest, ou no SBSR, tenho uma banda porque gosto de tocar e tenho essa oportunidade de me juntar com os meus amigos e fazer o que gosto, só isso.

Expirar II - O Rock in Taipas


Falhei uma edição, em 2003 porque estava de serviço no exército, mas ainda ouvi Pitbull e Creeks n’ blue por telefone. Tive o prazer de tocar em 2 edições (2000 Tazcamoka, 2006 Delta Works). Fiz parte da organização em 2005, dei o meu melhor, inclusivamente fiz o cartaz, não estava ali grande obra mas via-se ao longe. Até passei a noite em claro a guardar o material, uma vez que a GNR não se comprometeu. Felizmente não tive de pôr dinheiro do bolso, (embora tivesse pensado nisso, a certa altura) tudo se resolveu. Se me perguntam se o cartaz deste ano está bem, está! (não está completo ainda) Se me perguntam se fazia diferente, é natural, era capaz de mudar uma coisa ou outra. Mas ninguém tem nada com isso, só a organização, não percebo porque é que se fala tanto de uma coisa que não tem assunto nenhum.

Expirar I - O tasco


A chama voltou a acender num spot vizinho deste. Depois de 10, 15 minutos a ler (ou tentar ler) a totalidade dos comentários, parcelei-os em, 85% de insultos a este ou àquele, ou a toda a gente e 5% de comentários com algum “sumo”, os restantes 10% não dizem nada(gostei de um que faz a cronologia dos ultimos tempos nas Taipas). Até aqui nenhuma novidade.
O que de certa maneira me preocupa, é reparar que há pessoas que estão de tal forma agarradas à adolescência que não conseguem seguir os seus percursos naturais, passar à próxima fase. Não consigo encontrar uma resposta para tanto ressentimento, tanto ódio, talvez porque tudo isso me tenha passado completamente ao lado, até aparecer o dito blog e eu ter visto uma infinidade de comentários nauseabundos.
Eu fui um leitor e comentador mais ou menos assíduo desse blog, até me cansar, e ter concluído que não valia o esforço nem o tempo. Por mais que se tentasse dizer alguma coisa útil, apareciam logo às carradas comentários atolados de podridão, o que já começava a contagiar-me, então parei.

Bom dia sr. condutor


À cerca de uma semana atrás assaltaram-me o carro, entre outras coisas roubaram-me a carteira, com toda a espécie de documentação pessoal no seu interior. Em boa fé resolvi aguardar uns dias, para ver se porventura não apareceriam por aí em alguma caixa de correio ou caixote do lixo, nada.
Hoje depois de ir aos correios das Taipas, venho embora a pensar, - eh pá se a polícia me manda parar, estou lixado, não tenho documento nenhum!
Pois bem, desfaço a curva do posto médico e...
- Oh meu Deus, não me mande parar, deixe-me seguir, não me mande parar... Merda! Jorge, é o chamado já foste (pensei para mim).
À entrada da rotunda já estava um agente com o braço direito em riste, posteriormente, o vulgarizado gesto dos arrumadores de carros a mandar-me encostar...
- Bom dia Sr. Condutor, diz o agente Barros (acho que nunca mais me vou esquecer do nome escrito no crachá, mas a cara... nem ergui os olhos acima do dístico com o nome do homem, que brilhava com o sol... acho eu)
- Bom dia sr. Agente (vai ser um bom dia, vai...)
-Documentos do veículo? -Transporta alguma coisa?
- Não transporto nada, aqui tem os documentos da viatura.
- Importa-se de me abrir a bagageira?
- Claro que não, sr. agente. E lá vou eu abrir a bagageira.
-Muito bem, não precisa de mexer em nada, só queria ver, faça boa viagem!
- O quê??? Não vai pedir-me identificação??? -pensei eu, enquanto lhe desejava um bom dia e arrancava sem olhar para trás...
Acho que hoje vou jogar no Euromilhões, nunca se sabe...

Legal


Não há volta a dar, o M.A.T. enquanto associação reconhecida legalmente é uma realidade a partir de ontem (19/04/2007). Através de escritura pública assinada por 11 elementos, o M.A.T. saiu da "clandestinidade", uma nova etapa que acarreta mais responsabilidades, mas que nos alarga sobremaneira os horizontes, com todos os direitos e deveres de uma associação sem fins lucrativos.
O meu reconhecimento a todos os que tornaram isto possível!

Depois do Tabu


Já muita tinta correu sobre o concurso promovido pela RTP, para a escolha do Grande Português e eu não me vou alongar muito nesse ponto. Só quero registar que, no meu entender, nem Salazar, nem Cunhal mereciam estar na listagem final.

Cresci no pós 25 de Abril, onde o tema Salazar era tabu, talvez para esquecer o horrores da opressão, da guerra colonial, etc. Mas a verdade é que a minha geração cresceu com uma lacuna de 40 anos de história do nosso país. Quer queiramos quer não, esse tempo existiu, e não podemos simplesmente rasurá-lo e apagá-lo da cronologia. Como também não podemos etiquetá-lo apenas de “período negro” da nossa história. Houve muitas coisas más, como todos sabemos e como nos foi ensinado, mas também houve as coisas boas, que sabemos mais ou menos mas que nunca fizeram questão de nos ensinar.

Só depois de passar dois anos no exército e passar por vários aquartelamentos é que comecei a aperceber-me (porque perguntei) que grande parte dos quartéis que temos foram construídos no Estado Novo e depois disso, as pontes, as barragens, as escolas, e disso nunca ninguém me falou.

Não quero que se pense que a obra apaga o horror. A P.I.D.E. existiu, o Tarrafal também, as torturas, as mortes, a opressão, aconteceram realmente e isso foi-me descrito desde que me lembro. Mas o resto foi suprimido, como se não tivesse acontecido.

Creio que talvez fosse preciso este tempo para digerir todas as atrocidades, mas a verdade é que se privou uma geração de ter conhecimento sobre um pedaço da nossa história contemporânea, porque simplesmente era tabu. Penso até, que se não tivesse sido tão suprimido este tema, se calhar não tínhamos agora esta reemergência de movimentos de extrema-direita, que nos envergonha e talvez também não tínhamos Salazar na lista de grandes portugueses, a trazer ao de cima ódios há muito guardados.




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