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"Por redimensionar os limites dos media globais, por fundar e organizar a nova democracia digital, por trabalhar por nada e ultrapassar os prós e os contras do seu próprio jogo, a Personalidade do Ano da Time Magazine é você".
Foi com estas palavras que anunciaram ao mundo que tinha sido eleito personalidade do ano, porquê? Porque faço parte de uma sociedade que ultrapassa barreiras geográficas, religiões e ideologias políticas. Faço parte da Aldeia Global de uma forma activa e por isso fui homenageado, eu e todo o cidadão anónimo que contribui para a dita “sociedade da informação”, todo aquele que se deu a conhecer através do myspace, ou you tube, ou wikipédia. Somos nós a personalidade do ano, porque contribuímos com as nossas pequenas coisas, seja uma música, um vídeo, ou apenas uma imagem, para um fenómeno que ultrapassou as melhores perspectivas dos próprios fundadores. Estamos a dar-nos a conhecer, a nós próprios,à nossa terra, ou aquilo que fazemos, e o que é engraçado é ver que há quem queira conhecer tudo isso, há quem se interesse, e deixamos as barreiras para trás porque estamos à distância de um click, podemos ouvir música de bandas de garagem do Japão, ver vídeos educativos sobre uma qualquer cidade da Nova Zelândia, é verdadeiramente espantoso.
Claro que há também o reverso da medalha, como tem sido noticiado ultimamente, podemos ver a estupidez de uns miúdos a vandalizar carros em Évora, ou a frieza da morte de Saddam Hussein, mas esse será o preço a pagar por mostrarmos o cidadão anónimo ao mundo.
Quanto a mim, o saldo é esmagadoramente positivo.