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Estão aí as autárquicas.
Há medida que vamos ficando mais velhos, vamo-nos apercebendo das inclinações políticas dos nossos amigos e conhecidos (alguns conseguem ainda surpreender-me de vez em quando) mas o que queria dizer é que não só descobrimos as suas tendências, como também os começamos a ver inseridos em listas concorrentes às respectivas autarquias, o que para mim devo dizer, é realmente bom, pois vejo que estamos a começar a preocupar-nos com o meio do qual fazemos parte, e não só; queremos ser membros activos na comunidade!
E realmente é bom de ver as listas recheadas com juventude. Mas não nos podemos também deixar levar na onda de que a solução dos problemas está nas ideias novas que estes jovens políticos (em grande parte estudantes ou jovens licenciados), têm ou trouxeram dos lugares onde estudaram, pois ideias novas e gente nova é positivo, mas tem de haver um equilíbrio com a sabedoria dos experientes, dos verdadeiros conhecedores do meio em que vivemos e das dificuldades que possam estancar a fontes dessas ideias novas e mentes frescas.
Por isso não concordo com as remodelações extremas, pois isso é o mesmo que atirar as pessoas aos leões, se sobreviverem são heróis senão, não interessa, ninguém se vai lembrar depois. Remodelações e renovações sim, mas graduais, degrau a degrau, com serenidade e certeza do valor e do contributo que essa nova cara pode ter e dar.

Não me vou alongar mais nesta minha opinião.
Sem mais me despeço, com os melhores cumprimentos,


Jorge Silva